A violência contra a mulher está na pauta do mês e é uma urgência conscientizar todos os colaboradores a respeito.
A sua organização ainda não promoveu conversas sobre o tema para evitar constrangimento com um tema tão necessário quanto denso?
Algumas ideias para um bom começo:
1. Criar e distribuir um infográfico nos canais de comunicação interna.
Do "ciuminho bobo" ao feminicídio, há um longo caminho, mas, desde o começo, o agressor dá sinais de descontrole: um grito, uma invasão às redes sociais, uma exigência para que ela troque de roupa para sair, um celular atirado contra a parede...
O fim dessa linha é trágico, por isso apontar as bandeiras vermelhas no comportamento do agressor é prevenção na prática!
2. Criar e distribuir uma cartilha nos canais de comunicação interna.
“Todo mundo conhece uma mulher vítima de violência”.
A afirmação parece exagerada porque costumamos pensar apenas na agressão física.
Uma cartilha apresentando as 8 formas de violência (física, psicológica, sexual, patrimonial, moral, institucional, de gênero, doméstica/familiar) com exemplos práticos ajuda vítimas, agressores e testemunhas a identificarem os comportamentos violentos.
Isso é prevenção e combate ao ciclo da violência!
3. Treinamento de Comunicação não-violenta
Comunicação é a soft skill mais relevante. e a agressão verbal é a porta de entrada para as outras formas de violência contra a mulher.
Este pode ser o mote para desenvolver a empatia e a comunicação assertiva das equipes, e, além disso, engajar toda a empresa no combate à violência contra a mulher.
4. Microcast sobre Assédios e Importunação
Segundo a Lei nº 14.457/2022, que versa sobre o Programa Mais Mulheres, todos os ambientes de trabalho são obrigados a promover conscientização e capacitação em prevenção aos assédios sexual e moral, a cada 12 meses.
Por que não aproveitar o Agosto Lilás para promover essa ação?
Conteúdos de até dois minutos em vídeo, sobre a diferença entre paquera, assédio sexual e importunação; explicando o que é e o que não é assédio moral; apresentando as consequências legais e psicológicas desses crimes, quando distribuídos nos canais de comunicação interna (blog, newsletter, aplicativo), facilitam o alcance e a retenção.
5. Palestra para o Dia Internacional da Igualdade Feminina
Além do Agosto Lilás, no dia 26 de agosto, também se celebra o Dia Internacional da Igualdade Feminina.
Se a sua empresa está começando ou pretende avançar nas questões de Diversidade, Equidade e Inclusão, o tema do combate à violência contra a mulher deve fazer parte do pilar de Gênero da sua estratégia organizacional.
Isso porque é a desigualdade de direitos entre homens e mulheres o contexto que propicia e reforça a violência contra a mulher, o feminicídio e a impunidade dos agressores.
Prova disso é a alegação de legítima defesa da honra que, por muito tempo, absolveu assassinos de mulheres no Brasil, e que foi derrubada pelo STF, recentemente.
Em uma palestra de 45 a 60 minutos, é possível cobrir retrospectiva histórica projeções para o futuro, o que perdemos com a desigualdade, a lei Maria da Penha e o recente fim da tese da legítima defesa da honra.
P.S.: Você sabe responder por que não faz sentido uma Lei João da Penha (ou João da Lapa)? Essas estatísticas explicam:
O caso da Maria da Penha Fernandes não foi isolado
O Brasil é o 5º país (dentre 85) em Feminicídios
O Brasil é o país que mais mata mulheres trans
Uma mulher é agredida a cada 4 minutos
Quer ajuda para conduzir as ações do Agosto Lilás e da Igualdade Feminina na sua empresa? Ainda dá tempo! Fale comigo: priscilla@priscilladesa.com
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