O que Aprendi Sendo a Primeira Palestrante de Liderança Feminina do Brasil
- Priscilla de Sá
- 13 de jan.
- 4 min de leitura
Há 15 anos, antes mesmo das metas globais de igualdade de gênero ganharem espaço nos debates corporativos e nas redes sociais, eu já estava na estrada, inspirando mulheres a ocuparem seus espaços.

Em 2009, falar sobre liderança feminina era romper o silêncio em um ambiente ainda resistente a mudanças e, muitas vezes, hostil às vozes femininas em posições de poder. Minha jornada como a primeira palestrante de liderança feminina do Brasil foi cheia de desafios, aprendizados e, sobretudo, propósito.
Hoje, quero compartilhar com você não só a minha história, mas também as melhores práticas que aprendi para capacitar e impulsionar mulheres rumo à liderança.
1. A Liderança Começa com Autoconhecimento
Um dos principais pilares da liderança feminina que aprendi e ensino até hoje é o autoconhecimento. A mulher que se conhece bem — suas forças, valores, e até suas vulnerabilidades — lidera com autenticidade. Durante minhas palestras, sempre reforço que a autoliderança é o primeiro passo antes de liderar equipes.
🌟 Dica Prática: Incentive momentos de reflexão e ofereça ferramentas como mentorias, feedbacks estruturados e questionários de avaliação pessoal para fortalecer a jornada de autoconhecimento nas líderes em desenvolvimento.
2. Representatividade Não é Apenas Sobre Presença — É Sobre Voz Ativa
Quando comecei, era raro encontrar mulheres em cargos de decisão. E, quando elas estavam lá, muitas vezes não conseguiam se expressar de forma genuína, com medo de serem vistas como frágeis ou "exigentes demais". Uma das lições que sempre levo adiante é que a presença feminina em espaços estratégicos precisa ser acompanhada de uma escuta verdadeira e ativa por parte da organização.
🌟 Dica Prática: Promova espaços de fala onde mulheres compartilhem ideias e sejam ouvidas sem interrupções. Implementar reuniões colaborativas com regras claras pode ser um ótimo começo.
3. Educação Contínua é o Alicerce do Protagonismo
Uma das minhas maiores crenças, comprovada por anos de trabalho, é que a capacitação contínua é essencial para mulheres que desejam ocupar espaços de liderança. O acesso a programas de treinamento, cursos, e mentorias transforma potenciais em realizações concretas.
O que faz a diferença não é só o aprendizado técnico, mas também as "soft skills" como negociação, comunicação e gestão de conflitos — habilidades essenciais para quebrar paradigmas em ambientes tradicionalmente masculinos.
🌟 Dica Prática: Invista em trilhas de desenvolvimento com conteúdos diversificados, voltados para aprimorar competências emocionais e práticas de liderança. Ferramentas como workshops imersivos e dinâmicas práticas podem acelerar o processo de crescimento.
4. A Coragem para Enfrentar o “Fenômeno da Impostora”
Se tem algo que ouvi incontáveis vezes de mulheres líderes ao longo dos anos é: "Será que sou boa o suficiente para estar aqui?" A síndrome do impostor não escolhe área ou cargo e pode paralisar trajetórias brilhantes. Eu mesma já enfrentei momentos de dúvida. O segredo está em reconhecer esses sentimentos, sem deixar que eles ditem as regras da nossa jornada.
🌟 Dica Prática: Crie redes de apoio, como círculos de confiança ou comunidades de mentoradas, para que mulheres compartilhem experiências e aprendam juntas como superar as autocríticas limitantes.
5. Networking com Propósito Transforma Caminhos
Por muito tempo, o networking foi visto como algo exclusivo de ambientes fechados e dominado por homens. No entanto, construir conexões significativas é um dos maiores diferenciais das mulheres líderes. Ao longo desses anos, vi o poder de redes de apoio que amplificam oportunidades e fortalecem o senso de pertencimento.
🌟 Dica Prática: Organize eventos de networking com propósito, voltados para troca de experiências e construção de alianças estratégicas. Ferramentas como encontros de mentoria em grupo podem ser um ótimo ponto de partida.
6. Não se Lidera Sozinha: O Poder da Sororidade
Se existe algo que aprendi ao longo da minha carreira é que o caminho rumo à liderança pode ser mais leve quando compartilhado. A sororidade — o apoio mútuo entre mulheres — não é só um conceito bonito; é uma prática poderosa para a construção de ambientes mais colaborativos e produtivos.
Ao longo dos anos, testemunhei mulheres que cresceram juntas por meio de mentorias, redes de suporte e comunidades de troca. Muitas vezes, precisamos de uma voz amiga que nos diga: "Você consegue!".
🌟 Dica Prática: Incentive o apadrinhamento entre líderes seniores e líderes em ascensão. Essa troca intergeracional fortalece tanto as novas líderes quanto as mais experientes.
7. Cultura Organizacional que Abraça a Diversidade Gera Resultados Sólidos
A liderança feminina não deve ser tratada como um “favor” ou uma “causa momentânea”. É um pilar estratégico para organizações que desejam inovar, crescer e prosperar.
Ao longo dos anos, percebi que empresas que investem em políticas claras de diversidade e inclusão colhem resultados financeiros, culturais e de retenção muito mais expressivos. Isso porque uma equipe diversa toma decisões mais assertivas e cria soluções mais criativas para os desafios do mercado.
🌟 Dica Prática: Implante políticas de equidade com metas reais e mensuráveis. Treinamentos sobre vieses inconscientes e recrutamento inclusivo são essenciais para a transformação cultural.
8. Impacto Social e Inspiração para Novas Gerações
Há 15 anos, quando iniciei minha jornada, não havia tantos movimentos ou discussões sobre os direitos e espaços femininos. Hoje, vejo com alegria que cada conquista individual reverbera coletivamente.
Toda mulher que se torna líder é uma inspiração viva para outras, um símbolo de que é possível ir além das barreiras impostas pela sociedade.
Por Que Continuo Falando Sobre Liderança Feminina
Minha jornada não é apenas uma narrativa de carreira; é um movimento de transformação. E o motivo de continuar compartilhando minha história e aprendizados é simples: a caminhada está longe de terminar.
Enquanto houver mulheres com sonhos, mas sem apoio, enquanto houver barreiras invisíveis que limitam potenciais, minha missão continua viva.
Se eu puder deixar uma mensagem final, é esta: toda mulher tem o direito de ser protagonista da própria história. E com apoio, capacitação e inspiração, nós podemos mudar o mundo — uma liderança por vez.
Vamos levar transformação para a sua empresa? Fale comigo e conheça as minhas soluções corporativas em palestras e EAD para capacitar as mulheres para a liderança.
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